Judô, capoeira, dança, psicomotricidade. Esses são exemplos de algumas aulas que são oferecidas na grade extracurricular nas escolas brasileiras. Mas além de conhecimento extra, nem todo mundo sabe que estas atividades trazem inúmeros outros benefícios que podem inclusive melhorar o desempenho dos alunos em sala de aula.
Segundo a diretora da Escola Pedro Apóstolo, Carolina Paschoal, alguns desses benefícios são a capacidade de discernimento e o controle das emoções. “No caso dos esportes, especialmente, temos ainda os benefícios físicos. Outro aspecto bem evidente é que o aluno aumenta sua capacidade de fazer escolhas mais responsáveis, o espírito de equipe, a empatia, e a resiliência”, comenta.
Como escolher a melhor atividade?
Ainda de acordo com Carolina Paschoal, cada atividade desenvolve em maior proporção determinadas características e isso pode – e deve – ser levado em consideração. “Esportes que exigem maior concentração por exemplo, são indicados para crianças com esta dificuldade, pois podem contribuir a longo prazo. Assim como outros tipos de aulas, como a dança, pode estimular mais a espontaneidade e a comunicação”, diz
No entanto, a pedagoga alerta que é preciso tomar cuidado para que a atividade não se torne um fardo. “Estimular a criança não significa forçá-la a praticar esportes. É claro que dificuldades aparecem pelo caminho: um novo passe, ou um golpe complexo exigem persistência, mas a liberação eficaz da endorfina que é uma substância produzida pelo corpo através de atividades físicas acontece principalmente quando há prazer no que está praticando”, afirma Carolina.
Esse aspecto, segundo a diretora da Pedro Apóstolo, é também essencial de ser observado pelos pais para que a criança não fique sobrecarregada. “O ponto de equilíbrio é particular de cada indivíduo”, comenta Carolina.
Uma dica para conseguir dosar os estímulos é oportunizar momentos de mais tranquilidade nos dias que as atividades físicas são praticadas e evitar a fadiga do corpo com o acúmulo de mais de uma modalidade por período. Outro ponto que deve ser levado em consideração é o professor. “O profissional qualificado e comprometido com o que faz pode ser a ponte do sucesso do aluno na prática de qualquer modalidade”, avalia a diretora.
Veja algumas características desenvolvidas em alguns tipo de aula extracurricular:
Judô: força, concentração, estratégia, respeito e disciplina.
Capoeira: coordenação motora, ritmo, empatia, alongamento.
Psicomotricidade/movimento: lateralidade, coordenação motora fina, coordenação motoro grossa, espírito de equipe.
Basquete: estratégia, coordenação motoro grossa, disciplina, alongamento, espírito de equipe, respeito ao próximo.
Futsal: estratégia, coordenação motoro grossa, coordenação motoro grossa, disciplina, alongamento, espírito de equipe, respeito ao próximo.
Dança: lateralidade, espontaneidade, comunicabilidade, sociabilidade, coordenação motoro grossa, disciplina, concentração.